4.2.08

Citações Variadas XLVII (Especial Cheung)

Lembre-se da altura da qual você tem caído!



Talvez você seja um daqueles que têm zombado dele [de Cristo], injuriando-o, ou até mesmo se referindo à história da redenção como mitos e fábulas.



O Glorificado virá atrás de você. Não espere um camponês humilde que suportaria seus insultos e abusos. Ele é DEUS, cheio de glória e poder aterrorizante. Você já está marcado, e ele virá à sua procura.



Este é o destino de quem não adora Jesus Cristo. Você exclamará: “Esse é um castigo cruel e único!”. Mas você tem sido cruel para com o povo de Deus, e agora ele lhe dará a justa recompensa.




Jesus se apresenta como “aquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro” (v. 1). Ele anda entre as igrejas, examinando-as, avaliando-as.



Que desilusão pensar que nosso Mestre foi embora, como se pudéssemos governar como reis em sua ausência, podendo, dessa forma, comer, beber e nos alegrar, negligenciando a obra que ele nos deu. Ele tudo vê e a todos julga.




Ele envia uma palavra por meio do apóstolo João às sete igrejas, e em cada mensagem declara: “Conheço” (Ap 2:2, 9, 13, 19; 3:1, 8, 15). Ele conhece. Ele vê. Seu conhecimento é completo, e seu juízo é justo. Hoje, muitas igrejas e crentes agem como se ele não os conhecesse.




Por que você pensa ser capaz de minar a soberania divina e escapar dela?




Você pensa que pode menosprezar as doutrinas da expiação feita com o sangue dele e da salvação exclusiva em seu nome, e não ser considerado responsável. O quê? Você pensa realmente que pode aprovar a sodomia e não sofrer julgamento?




Para quem se une a Jezabel, ele declara: “Por isso, vou fazê-la adoecer e trarei grande sofrimento aos que cometem adultério com ela, a não ser que se arrependam das obras que ela pratica. Matarei os filhos dessa mulher” (Ap 2:22-23). Para que fim? “Então, todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e retribuirei a cada um de vocês de acordo com as suas obras” (v. 23).





Ninguém pode enganá-lo nem ser mais inteligente que Ele. Retórica não o afeta; falsa comparação não o confunde. Ele é quem examina corações e mentes, e ele conhece a sua infidelidade.




Você se maravilha com a minha ousadia no falar? Você não entende? Você não é nada. É porque eu temo a Cristo que lhe dirijo a palavra e digo: “Incrédulo vil, não-cristão desprezível – arrependa-se ou seja condenado; creia ou você será destruído”.




Então, vem uma palavra de correção e repreensão: “Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor”. Os homens maus e os falsos apóstolos não foram extintos.




O perigo é tornar a batalha, e não a adoração, a principal tarefa. Para muitos crentes, o fim principal do homem não é amar a Cristo, mas odiar o anticristo; não promover a verdade, mas denunciar heresias. A ênfase de sua pregação não é dogmática, mas apologética. Seu alvo não é adoração, mas batalha. Há ministérios fundados com o objetivo de dizer ao mundo no que não crer. Sua obra é quase exclusivamente negativa.




Essa não é uma conseqüência natural da ortodoxia, ou do estudo de doutrinas bíblicas, visto que as próprias doutrinas nos mandam ser fervorosos na oração, zelosos nas boas obras, e crescer na fé e no amor.




Todavia, nosso interesse agora não é descobrir a razão pela qual os crentes esquecem o primeiro amor, mas o que eles devem fazer depois disso ter acontecido.




A instrução de nosso Senhor em três palavras: lembrar, arrepender e retornar.




Inicialmente, lembre-se de sua condição anterior e compare-a com a atual. Você declinou amor, zelo e fervor? Você ficava tão feliz em entrar na casa do Senhor, mas agora você fica aliviado ao escapar dela.




Você expressava seu louvor por meio de hinos e cânticos espirituais, com lágrimas escorrendo pelo rosto, mas agora você tem medo de ser comparado com um carismático.




“Mas eu sou fiel por atacar o erro”, você diz. Sim, mas antes isso era indignação pela honra de Deus crescendo dentro de você e o zelo por sua casa o consumindo, agora você está mais preocupado em demonstrar sua superioridade intelectual, e em defender os ídolos teológicos que você segue.





Você costumava ficar em casa toda noite após o trabalho para que pudesse entrar em seu quarto de oração, para ler um sermão ou dois, ou mesmo reunir-se com os irmãos na igreja. Mas agora você prefere um jogo de futebol na televisão, e se gloria nas tolas aquisições de outras pessoas. Então, quando o Espírito fala e a consciência o acusa, você volta à velha desculpa: “Não há distinção entre o sagrado e o secular”. Sim, neste ponto você pratica o que você prega.





Após isso, você deve se arrepender. Admita ter caído. Reconheça seu pecado. Confesse ao Senhor sua negligência, infidelidade e arrogância. Confesse que você se esqueceu do primeiro amor e chama o mundo de amigo.



Sim, você é rígido ao provar os falsos apóstolos, expor os falsos profetas, e refutar os falsos mestres. Todavia, parece que você se esqueceu dos primeiros princípios da fé em Jesus Cristo, como se alguém tivesse que lhe ensinar tudo novamente.





Confesse, dê meia volta, e avance para a direção oposta. Deixe de lado o peso que o impede, e volte à corrida, olhando para Jesus, o autor e consumador da fé. Transforme seus pensamentos e atitudes, e desfaça-se de suas desculpas. Clame ao Senhor por perdão e restauração. Implore para que ele reavive seu coração pelo Espírito.





Então, retorne ao primeiro amor e às primeiras obras, e recupere a fé, a santidade e o zelo anteriores. Retorne à casa do Senhor com alegria e ação de graças. Regozije-se com os hinos, salmos e cânticos espirituais.





Siga o Senhor na batalha, mas primeiro deixe-o ensinar você a adorar em espírito e em verdade. Obedeça a seus líderes, e ore para que até as verdades mais simples que o Senhor falar por intermédio deles leve você à contrição e ação. Seja zeloso, e não endureça o coração.





Jesus não deu aos efésios mera sugestão, ele lhes deu uma ordem seguida de ameaça. Ele os advertiu: “Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do lugar dele”.





Ele considerava o problema tão sério que garantiu uma ação decisiva contra a congregação. O Senhor está edificando sua Igreja; ele está ativo no meio do seu povo. Ele não espera de forma passiva e indefesa que as coisas caminhem da sua forma – as coisas estão caminhando da sua forma.






Quando os crentes prosperam e andam na verdade, quando passam por perseguição e sofrimentos, e até mesmo quando as congregações se comprometem com o erro e apostatam, tudo isso acontece por seu desígnio e poder





Ele sustenta as igrejas com suas mãos, e nada está além do seu controle. Ele é quem conhece, fala e age.





Alguns de vocês não caíram de nenhuma altura espiritual. Não, eu não estou me referindo àqueles entre vocês que mantêm o amor ardoroso e forte para com Cristo. Mas estou falando dos que nunca caíram porque jamais alcançaram algo! Vocês nem mesmo começaram.





Jesus diz à igreja: “Lembre-se de onde caiu!”. Mas quando você tenta lembrar, algo lhe virá à mente? Houve o tempo em que você afirmou a sã doutrina e denunciou as heresias? Houve o momento em que você não tolerava os homens maus, e colocava à prova os que alegavam ser apóstolos e descobria que eles eram mentirosos? Alguns pensam que o problema era a permanência dos efésios na ortodoxia, entretanto, eles esfriaram na fé. Mas nem isto você alcançou!




Tente lembrar. Houve o tempo quando você era tomado pelo amor divino por Sua pessoa, e você sentia seu amor por Ele? Por causa do pecado e da negligência, alguns permitem que o amor esfrie cada vez mais. Porém, você alguma vez o amou?




Tente lembrar. Houve um momento em sua vida quando a leitura casual de uma passagem bíblica fazia seu coração arder? Ou o tempo em que você ficava tão ansioso para visitar a casa de adoração que remexia as mãos, nervoso, e suas palmas ficavam molhadas? Você já teve fome da palavra de Deus a ponto do coração doer de antecipação, ou seja: você ansiava por ela como a planta seca anseia pela água? Você já experimentou o desejo intenso de ter comunhão com Deus que até se esqueceu de jantar para usar um pouco mais de tempo em oração?





Tente lembrar. Você já sentiu misericórdia em seu coração — no lugar onde antes havia ódio? Paz onde havia tumulto? Amor onde havia avareza e cobiça? Humilhação em vez de justiça própria?





Queridos amigos, tentem lembrar, pois se na condição espiritual decaída em que vocês se encontram não puderem lembrar de ter perdido algo do que descrevi, então vocês nunca foram crentes.





Quando você foi ávido para adorar, fervoroso na adoração, zeloso de boas obras e da honra de Deus? Quando? Seus amigos e familiares podem testificar isso?





Você não pode simplesmente desejar o caminho para o Reino. Você deve nascer para ele. E se Deus já implantou em você a vida espiritual, isto é algo que nunca pode morrer. Onde está o fruto dela em sua vida?





Se há algo para você lembrar, então se lembre, arrependa-se e retorne. Você se esqueceu do primeiro amor, mas Deus o escolheu para si mesmo e não se esquecerá de você. Arrependa-se e retorne, e ele o restaurará.





Mas se não há nada para você lembrar, então saiba que você nunca teve vida no espírito. Você não se esqueceu do primeiro amor: você nunca o amou. Ainda está morto em delitos e pecados, e a ira de Deus permanece sobre você. Arrependa-se agora, creia no Evangelho, e você será salvo. Pois se Cristo é tão rígido com a igreja, o que você imagina que ele lhe fará se você não se arrepender (1 Pedro 4:17)?





Portanto, quer você seja um crente que caiu de um nível espiritual anterior, quer você nunca tenha sido crente, a palavra de Cristo para você é “arrependa-se”. Nisto está a salvação; nisto você encontrará compaixão.




Que Deus tenha misericórdia de nós, para que não tenhamos o coração endurecido; em vez disso, esqueçamo-nos de nossos pecados e obedeçamos ao Evangelho.




Essas citações foram extraídas do texto: Lembre-se, Arrependa-se, Retorne, de Vincent Cheung, para ler na íntegra acesse:

http://www.monergismo.com/textos/sermoes/lembre_arrependa_cheung.pdf