24.7.10

O nome de Jesus, o uso de modo supersticioso e irracional é vão


Muitos evangélicos usam o nome de Jesus como uma espécie de amuleto ou palavra mágica. Mas o nome de Jesus pronunciado ou lido em si não é nada, não passa de um nome comum e sem nenhum poder! Eu mesmo tinha um tio chamado Jesus. E quantos não usam esse nome como um sobrenome? Repetir as sílabas “Jesus” não passa muitas vezes de superstição ou irracionalidade na cabeça de certos evangélicos.

Alguns compositores de músicas evangélicas chegam a repetir o nome de Jesus como se fosse um mantra. Só a palavra “Jesus” pode ser vazia de significado ou de significado distorcido, e isto é muito comum. Alguns pseudocristãos chegam a afirmar que o nome correto e único que deve ser pronunciado é “ierrochua” (Yehoshua) ou algo parecido, caso contrário não tem poder nem se pode invocá-lo para a salvação. Não há nada de santo ou místico na palavra Jesus ou Yehoshua, isso é mais uma invenção dos novos “gesuítas evangelicóides”!

O que tem que ficar bem claro para o verdadeiro cristão é que o nome REPRESENTA o Deus Salvador e todos os seus majestosos atributos, mas que o nome em si não deve ser adorado, servido e glorificado. Jesus era um nome tão comum para os judeus como “Zé” é para nós brasileiros. O nome do feiticeiro em Atos 13.6 era “Barjesus”, “filho de Jesus”. Jesus é a forma grega de Josué, nome muito comum em hebraico. Obviamente o nome de Jesus é de suma importância para os cristãos, mas não um nome vazio de significado ou de significado extra-bíblico.

Exemplo de uso irracional ou místico, o popular: “Jesus: este nome tem poder” ou “em nome de Jesus eu ordeno isso ou aquilo”. Também usar o nome de Jesus escrito em adesivos e estampas de camisas, tais coisas são inúteis para transmitir a ideia que Cristo tem toda autoridade e majestade sobre a criação. Não saber usar reverentemente o nome de Jesus, reconhecendo o significado da Pessoa de Cristo, é usar o nome em vão. Não que seja errado afirmar que Jesus tem todo poder, mas o uso do nome por si é vazio, por mais mantrificado que seja.

A Bíblia diz que “ao nome de Jesus todo joelho se dobre” (Fp 2.10). Será que diante da invocação do nome de Jesus todos se dobram? Será que diante de um nome estampado ou impresso as pessoas se ajoelham? Antes de tudo, deve haver o RECONHECIMENTO, o ENTENDIMENTO do poder, do Reino, da Glória, da autoridade e majestade de Jesus. Biblicamente sabemos que todos os seus escolhidos se dobram em submissão, servidão e obediência, e também que todos os ímpios clamarão no juízo e se dobrarão diante da Ira do Cordeiro, estes estarão debaixo do cetro de ferro do Rei Jesus, esmagados, julgados e condenados. Será que estes reconhecem o nome “Jesus” desse modo como está em Efésios?:

Esse poder ele [Deus Pai] exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais, muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir. Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou cabeça de todas as coisas para a igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância (Efésios 1.18-23).

O som da palavra Jesus não tem sentido se não houver entendimento da autoridade de Jesus. A palavra Jesus não é uma palavra mágica. O nome sozinho não gera respeito, pois quantos zombam do nome Jesus? Os zombadores não entendem quem seja a segunda pessoa da trindade, mas chegará o dia que reconhecerão com lágrimas, espanto e terror. Na sua segunda vinda Jesus Cristo julgará os vivos e os mortos {#2Tm 4.1}.


Muitos não sabem que o nome “Jesus” significa “Jeová é salvação ou Salvador”. "E lhe porás o nome JESUS, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mateus 1:21). O propósito do nome é ensinar sobre a missão de Cristo como o Redentor dos eleitos de Deus. Através dEle o universo foi criado e é mantido em existência {#Jo 1.3; Cl 1.16-17}. Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos (Atos 4.12). Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus (1 Timóteo 2.5). Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida (1 João 5.12). Será que a multidão evangélica tem isso em mente quando lê ou pronuncia a palavra Jesus ou é só um “Zé” profeta, iluminado, anjo, semideus, bom homem, mestre, curandeiro ou operador de milagres?

Sem as escrituras ninguém pode conhecer Jesus. Como escreveu um teólogo do nosso tempo, Vincent Cheung: “Quando Jesus apareceu num resplendor de luz, na estrada de Damasco, o que teria acontecido se Ele se recusasse a responder quando Saulo de Tarso lhe perguntou: “Quem és, Senhor?”A única razão pela qual Saulo percebeu quem estava falando com ele, foi porque Jesus respondeu com as palavras: “Eu sou Jesus, a quem persegues” (Atos 9:3-6). – Ou seja, não qualquer Jesus, mas o Senhor dos cristãos.

Raniere Menezes
Frases Protestantes